Em nota oficial publicada na noite desta quarta-feira, o Flamengo questionou a contratação do volante Alan Rodríguez pelo Inter, que ainda deve 1,25 milhão de euros (R$ 8 milhões na cotação atual) ao Rubro-Negro pela compra de Thiago Maia no ano passado.
O Flamengo acionou o Inter na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF em novembro do ano passado. Segundo a nota, o clube gaúcho "deixou de pagar integralmente as cinco parcelas previstas".
A diretoria rubro-negra cobrou agilidade da CBF na resolução do imbróglio e informou que a sentença foi adiada e está prevista para o dia 6 de setembro.
O Fla acertou a venda de Thiago Maia por 4 milhões de euros em dez parcelas, com a primeira a ser paga em agosto de 2024, no valor de 250 mil euros. O Internacional não cumpriu este pagamento. A partir disto, o clube optou por acionar o CNRD para tentar receber depois de também ter notificado o clube gaúcho para receber valor devido.
Caso a CNRD julgue o pedido procedente, o Internacional terá que pagar o valor com multa e juros. Caso não faça, pode sofrer Transfer Ban, ficando proibido de inscrever atletas no sistema da CBF.
Leia a nota do Flamengo:
"O Clube de Regatas do Flamengo lamenta que o Sport Club Internacional siga descumprindo compromissos financeiros assumidos com esta instituição, ao mesmo tempo em que anuncia publicamente a contratação de novos atletas, como Alan Rodríguez, anunciado hoje. Segundo matérias publicadas na imprensa, o clube se comprometeu a pagar 4 milhões de dólares.
Em novembro de 2024, o Flamengo formalizou, junto à Comissão Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF, uma cobrança referente à aquisição do atleta Thiago Maia. O Internacional deixou de pagar integralmente as cinco parcelas previstas, todas já vencidas, no valor total de 1,25 milhão de euros. Ainda assim, mesmo sem qualquer fato novo que justificasse a postergação, a sentença foi adiada e está prevista apenas para 6 de setembro.
O Flamengo considera inaceitável a repetição desse cenário e espera que a CBF, por meio de seus órgãos competentes, atue com firmeza e coerência diante de um caso que fere frontalmente os princípios do Fair Play Financeiro que a própria entidade decidiu abraçar recentemente.
É urgente que a CBF utilize os instrumentos regulamentares já existentes para assegurar que casos pendentes na CNRD sejam ágeis e que os clubes adimplentes não sejam prejudicados por aqueles que reiteradamente ignoram suas obrigações".