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Política Quinta-feira, 31 de Julho de 2025, 09:34 - A | A

Quinta-feira, 31 de Julho de 2025, 09h:34 - A | A

Manutenção da Selic em 15% pelo BC eleva juro real, e impõe queda e estagnação economia

Para CNI, “colegiado deveria ter iniciado o processo de redução da Selic”

Da Redação

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira (30), manter a taxa básica de juros (Selic) em 15%.

No comunicado, o Copom afirma que decidiu manter a taxa básica de juros em 15%, considerando que o cenário segue sendo marcado por resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. O colegiado também afirma que o patamar atual dos juros deve permanecer na próxima reunião, considerando que sua manutenção por período bastante prolongado, para assegurar a convergência da inflação à meta.

TRAVA NOS INVESTIMENTOS E CONSUMO

Com a Selic em 15% e a inflação esperada em queda, a CNI (Confederação Nacional das Indústrias) calcula que a taxa de juros reais do Brasil - Selic menos a inflação - já se encontra em 10,1% ao ano.

“O patamar atual dos juros reflete uma política monetária fortemente contracionista e mantém o Brasil na segunda posição das maiores taxas de juros real do mundo, atrás apenas de Turquia”, afirma a entidade, em nota. Ou seja, os juros reduzem o crescimento econômico, desestimula o consumo, impõe a queda da produção e aumento do desemprego.

SETE AUMENTOS SEGUIDOS DA SELIC

Desde setembro de 2024, o Copom subiu a taxa Selic por sete reuniões seguidas. Apesar da inflação estar atrelada a fatores em que a política monetária não pode interferir, como preços de alimentos (atualmente em queda) e de preços administrados (como no caso de energia, que voltou a disparar no Brasil por conta do acionamento da bandeira tarifária vermelha pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel).

Em junho deste ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,24%, impactado pelo aumento de 2,96% na conta de luz residencial, devido à bandeira vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Conforme o gerente do IBGE e responsável pelo IPCA, Fernando Gonçalves, “se tirássemos a energia elétrica do cálculo do IPCA, a inflação ficaria em 0,13%” no mês.

QUEDA E ESTAGNAÇÃO NA ECONOMIA  

“Vale destacar que as expectativas para a inflação no final de 2025 têm sido revistas para baixo há 9 semanas consecutivas, caindo para 5,1%, de acordo com o mais recente Relatório Focus, do Banco Central”, lembra a CNI.

Como resultado do arrocho monetário imposto pelo Banco Central, a economia brasileira vem desacelerando, com queda nos investimentos, nas vendas do comércio, nos serviços e no consumo das famílias, além de prejudicar a geração de empregos no país. Entre abril e maio, a produção industrial acumula queda de 1,2% frente ao fim do primeiro trimestre.

No quinto mês de 2025, segundo o IBGE, o volume de vendas no comércio varejista ficou -0,2% em baixa em relação a abril (-0,3%). Já o volume de serviços prestados no Brasil praticamente ficou estagnado neste período, ao variar em 0,1% frente ao mês imediatamente anterior  (0,4%).

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