O fundador da Ultrafarma, Sidney Oliveira, e o diretor estatutário da Fast Shop, Mario gomes, receberam autorização da Justiça para deixar a prisão temporária na sexta-feira (15/8), mediante pagamento de fiança de R$ 25 milhões cada. A decisão foi tomada pelo juiz Paulo Fernando Deroma de Mello. Ambos deverão cumprir prisão domiciliar e utilizar tornozeleira eletrônica.
A medida foi adotada após o entendimento de que a soltura dos executivos não representaria risco às investigações conduzidas pelo Ministério Público de São Paulo. Segundo a decisão, o objetivo inicial da prisão temporária - impedir interferências nos depoimentos de funcionários da Ultrafarma e da Fast Shop - já havia sido atingido.
MENTOR DO ESQUEMA SEGUE PRESO
Enquanto Oliveira e Gomes obtiveram o direito de responder em prisão domiciliar, o diretor de fiscalização da Fazenda estadual, Artur Silva Neto, teve a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias. Ele é acusado de ser o mentor de um esquema de concessão de créditos tributários de ICMS e permanece preso.
Silva Neto é investigado por supostos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O Grupo Especial de Repressão a Delitos Econômicos (Gedec), do Ministério Público, avalia inclusive a possibilidade de delação premiada do servidor.
O QUE DIZEM OS ENVOLVIDOS
Procurada, a Ultrafarma informou que está colaborando com a investigação, e que "as informações veiculadas serão devidamente esclarecidas no decorrer do processo e demonstrará a inocência no curso da instrução".
A Fast Shop disse não ter tido acesso ao conteúdo da investigação e afirmou estar colaborando com as autoridades. A Sefaz informou que instaurou procedimento administrativo para apurar a conduta do servidor e pediu ao MPSP o compartilhamento de informações, reiterando seu compromisso com ética e justiça fiscal.