Protagonistas na pandemia, as máscaras de proteção contra vírus (e outros agentes) voltam a aparecer, em menor proporção, é evidente, nos cenários brasileiros. Em São Paulo, por exemplo, é comum espiá-las em trens, metrôs e outros modais do transporte público.
Em Paranavaí, no Paraná, por exemplo, a secretaria de saúde chegou a recomendar, em junho, o retorno do uso do acessório em ambientes fechados por conta do aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
Em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, o pedido de uso veio em formato de decreto, determinando o uso do acessório em locais fechados, em abril.
MÁSCARAS NO TRANSPORTE COLETIVO

O uso de máscaras é providencial em ônibus ambiente propício à transmissão de doenças, vírus e bactérias
O uso, dizem infectologistas e epidemiologistas, é bem-vindo em uma época de circulação de vírus respiratórios além da Covid-19, como o vírus da influenza e o vírus sincicial respiratório (VSR) — especialmente preocupantes para crianças e pacientes idosos.
Para garantir que o uso da máscara tenha o efeito desejado, as máscaras precisam cobrir o nariz e a boca dos usuários. Para garantir uma melhor proteção, é mais eficaz investir em modelos descartáveis — sejam as simples cirúrgicas ou mais robustas como N95 —no lugar de modelos de pano.
Além da utilização providencial em ambientes de concentração de pessoas, caso dos transportes coletivos urbanos, boa notícia é que o uso da máscara pode um aliado para dias em que há a sensação de maior poluição, ou ao passar por ambientes de muita poeira e outros tipos de resíduos no ar. É o que explica a pneumologista Sandra Guimarães, também do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.
VACINA
Os especialistas recomendam que o uso da máscara não substitui a necessidade de tomar a vacina da gripe, sobretudo para grupos prioritários, que inspiram preocupação de agravamento por conta da infecção com o vírus influenza. São eles, as pessoas acima de 60 anos, crianças abaixo de 6, gestantes e puérperas, entre outras pessoas em profissões de ampla exposição ao agente infeccioso.
A vacinação é fundamental. Pois gente consegue ver nitidamente que as faixas etárias mais acometidas pela síndrome respiratória aguda grave, que é esse quadro clínico mais grave associado a uma infecção viral, são dos idosos acima de 60 e das crianças menores de 5 anos. Que são as pessoas mais vulneráveis — explica.
Ainda que o futuro indique uma melhoria nos índices de casos graves de infecções respiratórias, as últimas semanas foram marcadas por altos índices da mesma doença. Ou seja, a proteção, sobretudo com a vacina, segue como uma medida de extrema importância.