Uma mulher esteve em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, para pedir atendimento a um bebê reborn, bonecos que se parecem com bebês de verdade.
Segundo informações apuradas pelo portal g1, a mulher acompanhava outra paciente na UPA quando pediu ajuda a uma enfermeira, alegando que o bebê apresentava sintomas de gripe.
Ao insistir pelo atendimento, a equipe médica foi verificar o estado da suposta criança. Ao constatar que se tratava de um bebê reborn, os profissionais informaram à mulher que não poderiam realizar o atendimento, por se tratar de um boneco "sem registro civil ou cartão do SUS".
Após a negativa, ela teria saído do local "visivelmente contrariada".
BEBÊ REBORN: ONDE TERMINA O HOBBY E COMEÇA O PROBLEMA
"Alguns colecionadores cuidam do brinquedo por um hobby. No entanto, em casos mais graves, geralmente associados a sofrimento psíquico intenso ou transtornos como delírios e dissociações, pode haver confusão entre fantasia e realidade, o que exige acompanhamento psicológico e psiquiátrico", detalha a especialista do Centro Universitário Anhanguera, Ana Cristina Rodrigues de Vasconcellos. Segundo ela, ter ou colecionar bebês reborn não é, por si só, um sinal de problema psicológico. "O mais importante, é observar como esse hábito afeta a vida da pessoa", ressalta.
Se é apenas uma coleção e não interfere negativamente nas demais áreas da vida, Ana Cristina avalia que pode ser até benéfico. Por outro lado, se começa a causar sofrimento, isolamento ou prejuízos na vida social, pode ser um sinal de que é hora de buscar ajuda psicológica. "A chave está no equilíbrio: se promove bem-estar sem se afastar da realidade, é saudável", completa.


