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Política Domingo, 21 de Setembro de 2025, 05:28 - A | A

Domingo, 21 de Setembro de 2025, 05h:28 - A | A

PEC da impunidade permite crime organizado comprar partidos de aluguel, diz presidente da CCJ Senado

“Essa PEC põe crime organizado na política”, disse Otto Alencar, presidente da CCJ do Senado

Da Redação

A PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara dos Deputados, chegou ao Senado e já enfrenta forte resistência. A proposta limita investigações e prisões de parlamentares e presidentes de partidos, o que, segundo o senador Otto Alencar (PSD-BA), pode abrir caminho para o avanço de facções criminosas na política. As informações são do UOL.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Otto afirmou que não há pressa na tramitação. O relator escolhido foi Alessandro Vieira (MDB-SE), que já se posicionou contra o texto.

O QUE DIZ A PEC DA BLINDAGEM

A proposta estabelece condições que reduzem a autonomia da Justiça em casos envolvendo deputados, senadores e dirigentes partidários: só haverá investigação ou prisão com aval do Congresso; a votação será secreta;  o Supremo Tribunal Federal precisa de autorização para abrir processos; apenas o STF pode determinar tornozeleira eletrônica e apreensão de passaporte; em flagrante, a polícia tem 24 horas para enviar os autos; presidentes de partidos terão os mesmos privilégios que parlamentares.

“DOBRA A IMPUNIDADE”

Para Otto, a PEC favorece facções como o PCC, que já atuam em prefeituras e avançaram até no setor financeiro. “A PEC da Blindagem põe crime organizado na política. Se aprovar, o crime organizado vai comprar esses partidos de aluguel”, disse. O senador classifica a proposta como “escárnio”, “acinte” e “vergonha”. “Aumentando a imunidade, dobra a impunidade”, acrescentou.

CENÁRIO DE VOTAÇÃO NO SENADO

Segundo Otto, a proposta não deve avançar no plenário. PSD, MDB e PT já anunciaram voto contrário, somando 33 senadores. Como são necessários 49 votos favoráveis, a chance de aprovação é pequena.

Até mesmo senadores de oposição ao governo já se posicionaram contra, como Eduardo Girão (Novo-CE) e Cleitinho (Republicanos-MG). Na CCJ, entretanto, o resultado é incerto. Com 27 membros, a comissão decide por maioria simples, e o apoio de parte do centrão pode alterar o equilíbrio.

Otto adiantou que o relator apresentará parecer nos próximos dias. “Meu intuito é sepultar essa iniciativa”, afirmou. 

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