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Política Sábado, 20 de Setembro de 2025, 06:12 - A | A

Sábado, 20 de Setembro de 2025, 06h:12 - A | A

Operação contra fraudes no setor de combustíveis, aponta envolvimento de organizações criminosas, laranjas e grupos empresariais

Fisco apreendeu dois navios com carga de combustíveis avaliada em R$ 240 milhões. 'É a ponta do icerberg', diz secretário da Receita sobre operação

Da Redação

Em mais uma operação para desarticular esquemas de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no setor de importação de combustíveis, a Receita Federal apreendeu nesta sexta-feira (19/9), no Rio de Janeiro, dois navios com carga avaliada em R$ 240 milhões.

Segundo as autoridades, há indícios do envolvimento de organização criminosa em esquema que usa empresas com pouca estrutura e capacidade financeira como laranjas para esconder os verdadeiros importadores dos combustíveis e a origem dos recursos.

A operação Cadeia de Carbono acontece três semanas após três operações simultâneas — Carbono Oculto, Tanque e Fasar — revelarem a infiltração do crime organizado, principalmente o Primeiro Comando da Capital (PCC), em atividades da economia formal, como o setor de combustíveis, e a lavagem de dinheiro feita por esses grupos por meio de fintechs e fundos de investimento.

“Estamos convictos que esse tipo de crime tem por trás grandes organizações criminosas, com estruturas complexas, societárias e contratuais, muitas vezes com os maiores devedores contumazes do Brasil”, afirmou o secretário em coletiva de imprensa no Rio. “Hoje é uma operação aduaneira, mas ela está alinhada às operações de três semanas atrás.

Mas, neste momento, não vamos nominar nem empresas, nem organizações que possam estar por trás disso”.

O secretário explicou que as informações coletadas serão compartilhadas com a Polícia Federal, o Ministério Público Federal (MPF) e os Ministérios Públicos estaduais para o cruzamento com as provas levantadas nas operações anteriores.

'PONTA DO ICEBERG'

Além do Rio, fiscais da Receita fizeram diligências em estabelecimentos importadores de combustíveis de quatro estados: Alagoas, Paraíba, Amapá e São Paulo. No total, onze estabelecimentos foram alvos das medidas, e foram detectadas irregularidades em depósitos e terminais de armazenamento em São Paulo e outros estados.

Para o secretário, os resultados da operação são apenas a "ponta do icerbeg":

COMO FUNCIONA O ESQUEMA

As ações foram concentradas em empresas que apresentavam pouca ou nenhuma estrutura operacional que surgiram como importadoras de cargas avaliadas em centenas de milhões de reais. As investigações apontam possível envolvimento de laranjas, organizações criminosas e grupos empresariais de grande porte, que se utilizam de cadeias contratuais complexas para ocultar os verdadeiros responsáveis e os fluxos financeiros das operações.

O esquema, de acordo com a Receita, oculta o destinatário real da importação. Uma empresa sem estrutura aparece como compradora. Além disso, para dificultar o rastreio da importação, o desembaraço da carga é feito num estado diferente do destino da carga.

 

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