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Política Quinta-feira, 04 de Setembro de 2025, 04:30 - A | A

Quinta-feira, 04 de Setembro de 2025, 04h:30 - A | A

'Acesso Já': médicos lançam campanha inédita para incluir canetas emagrecedoras no SUS

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) defende maior acesso aos novos fármacos antiobesidade

Da Redação

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) lançou, nesta quarta-feira (3/9), durante o Congresso Brasileiro de Atualização em Endocrinologia e Metabologia (CBAEM 2025), em Gramado, uma campanha nacional pela inclusão dos novos medicamentos para obesidade, conhecidos como canetas emagrecedoras, no Sistema Único de Saúde (SUS).

A campanha, chamada de “Tratamento da Obesidade: Acesso Já”, vem após um parecer desfavorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), órgão que orienta a pasta da Saúde sobre novos tratamentos na rede pública. Apesar da recomendação, a palavra final sobre incluir ou não é do ministério.

Hoje, a caixa do Wegovy, versão da semaglutida destinada à obesidade, é vendida a um valor de R$ 1.699,00 online, com o desconto da farmacêutica Novo Nordisk, considerando a maior dosagem, de 2,4 mg. A quantidade é suficiente para um mês de tratamento por paciente. No pedido para inclusão no SUS, a Novo propôs o preço de R$ 1.402,09 ao governo.

Após a negativa, a SBEM, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) e a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) publicaram uma nota com críticas à decisão. Nela, afirmaram que, de seis remédios aprovados pela Anvisa para obesidade, nenhum está no SUS.

QUEM PODE PAGAR EMAGRECE, E QUEM NÃO PODE ADOECE

A campanha cita estimativas de um estudo realizado pela Unifesp que apontou que, entre 2021 e 2030, os custos diretos ao SUS com doenças associadas à obesidade podem atingir US$ 1,8 bilhão (cerca de R$ 10 bilhões na cotação atual), enquanto as perdas indiretas, como anos de vida produtIva, podem chegar a US$ 20 bilhões (cerca de R$ 110 bilhões).

Para Macedo, seria possível, por exemplo, que a inclusão no SUS tivesse início para públicos específicos de maior risco, que depois fossem ampliados principalmente com a redução dos custos graças à entrada de novas alternativas dos medicamentos no mercado.

“Temos um estudo bem robusto de redução de mortalidade em pacientes com obesidade e com doença cardiovascular estabelecida. Esse paciente teria um benefício imediato, por exemplo. O que não podemos é ter alguns que têm tratamento adequado por recurso próprio, e outros não. Um dos motes da campanha é que hoje quem pode pagar emagrece, e quem não pode adoece”.

120 MILHÕES DE BRASILEIROS COM SOBREPESO

Macedo lembra que a obesidade é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença crônica. O organismo tem uma predisposição genética e, associado a fatores de risco, ganha peso. Se a pessoa tem hipertensão, ela precisa tomar o remédio pelo resto da vida. Com a obesidade, é a mesma lógica”, concluiu.

O último atlas da Federação Mundial da Obesidade, publicado neste ano, estima que o número de adultos com obesidade no Brasil pode já ter crescido e chegado a 31% em 2025, e o de brasileiros com sobrepeso a 68%, quase 120 milhões de indivíduos.

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